Cristino Cruz, nascido em 16-01-1975
Desde criança sempre teve aptidão pela arte, participando em teatro infantil, grupos musicais, escolinhas de futebol, concursos de desenho e pintura etc. Mas foi viajando pelo mundo que despertou ainda mais o seu interesse pela pintura.
Após conhecer países tradicionais nessa arte, como França, Alemãnha, entre outros, começou a aprimorar a qualidade e a relatar seus sentimentos através da pintura.
Cada obra concluída e como se fosse um premio conquistado, uma vez que são muitos dias de dedicação e paciência a espera da secagem de uma nova tela.
"A Arte nos traz a vida e a vida nos leva a arte" Cristino Cruz.
A arte imita a vida e a vida imita a arte. Através da arte podemos nos ver. Podemos perceber de que forma os outros olham para nós. Através da arte podemos demonstrar todos os nossos sonhos e frustrações. Pela arte podemos ver com os olhos dos outros. A Pintura tem o poder de dar voz àqueles que ninguém escuta.
Pintar relaxa a mente e contribui para colorir um pouco mais o mundo.
"Arte é uma forma de expressão (humana), que traduz o pensamento e os sentimentos de seu autor, de sua época, da sua região de sua história, traduzido no belo de uma obra."
Cristino Costa Cruz, nasceu em Vila Nova de Famalicão em 1975 e actualmente vive em Vila do Conde. Durante a sua infância despertou nele o interesse pelo desenho, vindo-se mais tarde a distinguir dos seus colegas enquanto estudante. Aos 24 anos faz a sua primeira exposição colectiva com trabalhos a óleo, na Junta de Freguesia de Ribeirão. Artista autodidacta de feição naturalista, pinta exclusivamente quadros a óleo, tendo, no entanto, realizado algumas pinturas em escultura e trabalhos em vidro. As suas obras encontram-se representadas em toda a região, e em todo o mundo em diversas colecções particulares. A tela é voz da arte de Cristino Cruz, para onde transporta a evocação e recriação da realidade que o rodeia. A sua aproximação sensível à natureza, à cor e à luz, transportadas por uma orgânica pictural e uma sensibilidade visual que ultrapassa o mero conjunto das percepções obtidas pelo olhar, permite-lhe transformar lugares, experiências e gostos comuns numa dimensão e num espaço transcendentes. As paisagens verdejantes, a delicadeza das flores, a elegância dos cavalos e a fragrância do mar fazem de Cristino Cruz um artista que expressa com alma e intensidade todas estas simples realidades da vida”
Drª Ana Lopes
A Vontade de ser Pintor
Não te quero desanimar não… Mas para certas coisas na vida é necessário um mínimo de talento. Mais talento que técnica, inclusive. A técnica, na verdade, só serve para aperfeiçoar o talento. Sem talento a técnica não vale de nada.
A grande dificuldade é que a técnica tu pode ir adquirindo ao longo da vida. Técnica tu podes aprender com os outros, com as escolas, com os livros. Mas o talento… Ou tens ou não tens.
E tu podes ter talento e não ter técnica nenhuma. E, à primeira vista, parecer que não é um bom artista. Mas o é, porque só te falta a técnica, só não seria se faltasse talento. Talvez tu estejas tão avançado que sejas capaz de inventar a sua própria técnica.
Mas o contrário - não ter talento - não é o fim do mundo. Pode ser que tu tenhas talentos escondidos que talvez nunca tenhas explorado. O facto de desafinar debaixo do chuveiro não significa que não possa ser um grande pianista. Significa que talvez tu não tenhas nascido para ser Marisa Monte, mas ainda possas aprender a tocar piano.
O problema por vezes é a teimosia e a falta de autocrítica; pode deixar de vir a ser um bom pianista apenas porque cismou de ser Marisa Monte.
Quando o faz por paixão não há problema algum, viva fazendo a sua arte e se torne um artista incompreendido, pode ser que dentro de 5 séculos afinal alguém consiga compreender a tua arte. O problema é quando tu fazes por moda. A arte não é moda, a arte é apenas arte, e a arte depende mais de talento do que propriamente de vontade. E a arte, quando se torna uma cópia, deixa de ser arte. A arte é original, não uma máquina de fazer copias.
Gosto de pintar nos meu tempos livres, não para fazer arte, simplesmente pintar. Fico quietinho, misturando tintas e fazendo traços diversos com os pincéis. Me faz lembrar a infância. O cheiro da essência de terebintina ainda está nas minhas mãos.
Talvez seja isso, para mim a arte precisa ter cheiro. Posso ver uma imagem muito bem produzida em photoshop, mas não sentir o cheiro da tinta. Ou ouvir uma música e não sentir o cheiro dos instrumentos. Gosto de cheirar a madeira da minha concertina. Por vezes fico ali com o nariz, durante um bom tempo, só cheirando, respirando. A primeira coisa que faço quando compro ou ganho um livro é cheirá-lo.
Cristino Cruz
email: cristino.cruz@gmail.pt Blog: https://cristinocruz.blogspot.com telem: 966288421